domingo, 7 de novembro de 2010

Brasil - 188 de Independência

Manuel Beckmann - o Cristão-Novo que Antecedeu Tiradentes

188 é um numero carismático, desperta uma sensação cartesiana de perfeição, rigor, beleza matemática, emblemática lembrança da nossa Independência. Deveríamos anotá-lo em nossos papéis, cartas, documentos. Carimbá-lo em envelopes, fazer cartazes, enfim, é um número nobre que merece ser lembrado a cada dia do ano.

Há 188 anos José Bonifácio, o Patriarca da Independência, da Tribuna do Grande Oriente do Brasil na Rua do Lavradio conclamou os maçons e a sociedade – era chegado o momento.

Anoitecia o 20 de agosto de 1822, Dia do Maçom. Neste dia, mais de um século depois, por coincidência seria fundada a ESG. Mas na Cabalá está escrito que não existem coincidências ...

Poucos dias depois, a 7 set, D Pedro I declarou o Brasil emancipado de uma vez por todas de Portugal.

"Se todos quisermos – dizia-nos Tiradentes, aquele herói enlouquecido de esperança - poderemos fazer deste país uma grande nação. Vamos fazê-la." Assim falou Tancredo Neves.

Mas antes do conhecido proto-martir da Independência, alguém já havia se erguido contra o estado lusitano.

Manoel Beckmann, o Bequimão como os maranhenses o chamavam acabou enforcado por rebelar-se contra o Estanco – monopólio comercial de azeite, farinha, vinho, bacalhau, imposto pelos portugueses.

Português, brasileiro, maranhense, mas também cristão-novo. Seria assim o verdadeiro proto-martir de nossa independência, com todo o respeito que devotamos à memória de Joaquim José e demais Inconfidentes da Vila Rica.

O então governador-geral Gomes Freire de Andrada fez executar a ordem judicial do enforcamento. Beckmann hoje é nome de ruas, cidades, escolas no Maranhão. Mas quem sabe, quanto do bom e velho sangue judaico corria em suas veias ...

Os 188 anos são um Memorial a nossa Independência, e representam a garra do brasileiro trabalhador que leva este país para frente, a fazer deste pais uma grande nação.

Como o desejou Tancredo Neves, e como desejamos todos nós.

Em outros 12 anos que o Brasil de 2022 tenha caminhado bastante nesta direção, que nos 200 anos da Independência sejamos aquele país com que sonhava Tancredo.




Israel Blajberg

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