domingo, 7 de novembro de 2010

A RESPONSABILIDADE DA MAÇONARIA BRASILEIRA NA SOCIEDADE ATUAL


Escrito por João Baptista de Oliveira (JB)

PRIMEIRAS PALAVRAS

O assunto não é novo.

Já me ocupei dele em ocasiões anteriores. Isto, entretanto, não o torna menos atual nem menos importante.

O Brasil atravessa uma fase das mais críticas de seus 500 anos de história.

Dentre as muitas crises que o assolam, destaca-se a banalização da vida humana.

Tanto no sentido social — com a assustadora e crescente quantidade de pessoas padecendo fome e miséria — como no sentido físico, em que a violência de todo tipo mata mais do que guerras declaradas.

Frente a esse cenário de preocupação, perturbação e angústia, uma instituição que se dedica à construção do edifício moral da sociedade não pode omitir-se, sob pena de negar seu glorioso passado, sua tradição humanista, e sua razão de ser, sintetizada na trilogia que a identifica em todo o mundo.

INTRODUÇÃO HISTÓRICA

Descoberto “acidentalmente” em abril de 1500, no último ano, portanto, do século XV, ao chegar aos primórdios de 1800, o Brasil já amargava nada menos que três séculos de dominação estrangeira.

Ao longo desse período já se formara, lenta — mas progressiva e indelevelmente — o sentimento de brasilidade, que vai despontar na história com a designação de “sentimento nativista”.

Sua manifestação marca-se, fortemente, no século XVII, nos episódios de reação contra os invasores franceses e holandeses, e, especialmente, nas Batalhas de Guararapes, de 1648 e 1649.

É quando, pela primeira vez, fala-se em uma “tropa brasileira”, integrada por elementos das três raças formadoras do povo brasileiro: o branco, o índio, e o negro, sob o comando de André Vidal de Negreiros, Felipe Camarão e Henrique Dias.

Em homenagem a esse importante feito, o Dia do Exército passou a ser comemorado em 19 de abril, data da primeira Batalha de Guararapes.
Além, já no século XVIII, surgem várias manifestações pró-independência, destacando-se, entre outras, as insurreições de Felipe dos Santos, esquartejado em Vila Rica em 1720, e de Tiradentes, enforcado em 1792.
Data desse período, de inegável busca de autonomia nacional, a gênese da Maçonaria no Brasil.

A este respeito traçamos  há algum tempo  um ensaio que, por oportuno, reproduzimos a seguir.

“A TRILOGIA INACABADA”.

1. A VEZ DA LIBERDADE

É fato incontestável que a instituição maçônica chegou ao Brasil bafejada pelo anseio de liberdade política do país.

Desde sempre liberdade e maçonaria caminham lado a lado.

Jovens brasileiros que estudavam na Europa e na América do Norte, tomando contato com o ideal libertário que originara a Revolução Francesa (14.07.1789) e a Independência dos Estados Unidos (04.07.1776), empolgaram-se com a perspectiva de propiciar ao Brasil sua tão sonhada autonomia política.

Em pouco tempo detectaram — no embrião desses movimentos — a presença silente, ativa e constante da Maçonaria, fiel à sua trilogia: LIBERDADE, IGUALDADE, FRATERNIDADE.

A partir daí a campanha passa a ser comum, e a independência do Brasil se efetiva muito mais pela força da persuasão que pelo poder das armas.

Tanto isto é certo que o sete de setembro — data bonita e memonicamente propícia — marca a proclamação pública de nossa independência que, segundo informam ilustres historiadores, fora “data e traçada” no dia 20 de agosto — atual “dia do maçom” — no interior do Grande Oriente do Brasil.

Como conseqüência direta desse entendimento sobranceiro e fraterno, poupou-se o país do pesado e nefasto ônus de mortes, viuvez e orfandade.
O Brasil, a partir de 7 de setembro de 1822, passa a integrar o concerto das nações livres do mundo!

2. A VEZ DA IGUALDADE

No país livre, entretanto, nem tudo era liberdade.

Seres humanos tão dotados de sensibilidade, inteligência e capacidade quanto os demais, eram cruelmente discriminados, humilhados, maltratados, animalizados e, até, assassinados, meramente em razão da cor de sua pele, como se a pigmentação lhes negasse a condição de “imagem e semelhança de Deus!”.

Esse comportamento anti-social, destoante dos princípios de uma “sociedade filosófica, filantrópica e progressista, que pugna pela igualdade de direitos entre os homens, quaisquer que sejam suas características de cor, sexo, convicção religiosa e política” — não podia receber senão sua repulsa e inconformação.

Isso posto, a Maçonaria empalma uma nova e gloriosa bandeira, desenvolvendo a pertinaz e silenciosa luta que — passando pelas leis Do Ventre Livre (1877) e Do Sexagenário (1885) — culminou com a LEI ÁUREA que, promulgada em 13.05.1888, libertou uma raça e redimiu toda uma nação.
Outra não poderia ser a atitude de uma Instituição que, em cada reunião, mostra através do Pavimento Mosaico — branco e preto — a harmonia dos contrastes.

3. AINDA A VEZ DA IGUALDADE

Liberto o Brasil da vergonhosa pecha de “país escravagista”, competia eliminar da vida nacional uma segunda discriminação: a oriunda do sangue.
Os postos mais elevados da hierarquia organizacional do país eram indiscutível privilégio dos nobres — tivessem ou não capacidade — em detrimento dos plebeus — tivessem ou não capacidade.

Vanguardeira das lides justas, cabe à maçonaria conduzir — em paz e harmonia — o processo de modernização do Brasil, levando-o da monarquia dos oligopólios feudais à democracia da ampla isonomia, em que “todos são iguais perante a lei”.

4. A HORA DA FRATERNIDADE

Esta última porfia maçônica — a Proclamação da República — teve seu coroamento em 15 de novembro de 1889, portanto há mais de um SÉCULO!
E de lá para cá, o que temos feito?

Batido malhete!

Damo-nos por satisfeitos com as glórias do passado e julgamos que está tudo consumado!

Tudo justo e perfeito!

Estará?


É evidente que não.
A trilogia está inacabada.
Temos a LIBERDADE. (Temos?)
Temos a IGUALDADE. (Temos?)
Mas... e a FRATERNIDADE?

É ocioso dizer que sem a fraternidade, a igualdade e a liberdade são utopias.

Tem LIBERDADE a cidadão que se cerca de muros e grades temeroso de assaltos, roubos, violência e seqüestros?

É livre quem não ousa sair à noite, ou andar por certas áreas, ou deixar a porta de sua casa aberta?

Há IGUALDADE num país em que muitos têm tão pouco, que sofrem fome, frio, miséria e doenças — enquanto poucos têm tanto que até sua quinta geração não conseguirá gastar?

E o que dizer daqueles que — nascidos na mesma pátria amada Brasil, aquecidos pelo mesmo sol da liberdade — não se pejam de explorar seus irmãos de nacionalidade, impondo-lhes juros escorchantes; ou auferindo lucros indevidos e exagerados; ou desprezando os princípios comezinhos da ética profissional e moral; ou tratando os humildes com desprezo, prepotência, rispidez, insensibilidade e preconceito — declarado ou velado?

Não será este o momento de os maçons de hoje deixarem de tecer loas aos gloriosos feitos do passado — concretizados por seus antecessores — e realizar algo HOJE, para deixar de herança à sua posteridade?”

O PANORAMA ATUAL

Interrompo a transcrição do texto nesta pergunta-desafio porque sei que ela suscita outras indagações: O QUE FAZER? COMO?

Consideremos: a gritante desigualdade sócio-econômica existente no país não afeta apenas a parcela menos favorecida da sociedade.

Esta sem dúvida, sofre cada dia mais o pesado fardo de sua incapacidade financeira.

Proliferam favelas e barracos por toda a parte, e é cada vez maior o número de pessoas morando nas ruas e nos baixos de viadutos e de pontes. Aumenta também, a olhos vistos, a quantidade de mendigos, pedintes, desocupados, vendedores de bugigangas, “marreteiros”, prostitutas, meninos de rua, desempregados, marginais, “trombadinhas” e que tais. São multidões que passam mal, moram mal, alimentam-se mal, trajam-se mal — vivem mal, enfim — não sendo de estranhar que muitos passem a comportar-se mal, atraídos pelo chamariz do furto, do assalto, do tráfico e de outros crimes.
Suas crianças dificilmente entenderão — e menos ainda aceitarão — a abissal diferença entre sua negra miséria e a excessiva opulência das crianças ricas, o que certamente virá a ser o germe da cobiça, da revolta, do ódio e da violência.

E é aqui, precisamente, que os extremos se tocam.

Nascida nos focos de pobreza e miséria, a violência começa por fazer vítimas ali mesmo.

São agressões violentas, espancamentos, homicídios, guerras de gangues, balas perdidas, chacinas. Na Grande São Paulo esse tipo de violência contra a vida, aliás, subiu de 49 casos com 168 mortes em 1995, para 88 chacinas com 302 homicídios em 1999! Só no período de 1º de janeiro a 8 de março do ano seguinte (2000) ocorreram 21 chacinas com 73 mortes! (Isto levou o Departamento de Homicídios (DHPP) a criar, em 18 de fevereiro de 2000, a EQUIPE ESPECIALIZADA EM INVESTIGAÇÃO DE HOMICÍDIOS MÚLTIPLOS — O GRUPO ANTI-CHACINA.)

No pólo oposto - nas áreas de riqueza e abastança - predominam roubos, assaltos, latrocínios e seqüestros, todos, invariavelmente, marcados por extrema violência — quase sempre desnecessária e gratuita.

Vão longe os tempos em que ladrões furtavam, sorrateiramente, na calada da noite, fugindo ao menor sinal da aproximação de alguém.

Hoje são raros os furtos e freqüentes os roubos e assaltos, praticados à luz do dia, com tanta violência e agressividade que se pode ler o ódio e a revolta represados nos corações de seus praticantes — muitos dos quais menores, crianças.

A conclusão é óbvia: cada vez mais o nosso bem-estar depende do bem-estar dos outros.

Somente diminuindo o abismo existente entre os extremos sociais, caminharemos para o equilíbrio, evitando que a prosperidade seja uma minúscula ilha cercada por violentas ondas de miséria prestes a sufocá-la.

O QUE DEVE FAZER A MAÇONARIA?

Para continuar a influir na história — como sempre o fez — deve a Maçonaria sair da contemplação e vir para a PARTICIPAÇÃO.

Que participação?

Inicialmente a PARTICIPAÇÃO POLÍTICA

Não, evidentemente, em seu aspecto político-partidário, contrário aos nossos princípios, mas na acepção ampla e autêntica de política como a define Platão: “a ciência do bem comum”.

Por um lado, temos maçons presentes em todas as esferas do poder público — especialmente no Legislativo.

Todos prestaram compromisso de fidelidade aos postulados da Ordem. A Maçonaria pode e deve, portanto, acioná-los no sentido de que tais princípios sejam aplicados no trato das questões públicas, prevalecendo sobre interesses pessoais, grupais ou partidários.

Por outro lado, a própria Instituição goza do prestígio de entidade séria, honrada e respeitável junto ao mundo profano. Em conseqüência, qualquer exercente do poder público — do Executivo, Legislativo ou Judiciário — que receba um documento subscrito pela Maçonaria, o terá em grande consideração.

Esta participação, delicada como se sabe, deve ser orientada por um CONSELHO DE PARTICIPAÇÃO POLÍTICA ativo, bem-formado e bem-informado a quem caberá analisar o momento político e decidir pela oportunidade, natureza e intensidade de cada manifestação da Ordem, acompanhando seu desenrolar até o final.

O importante é não haver nem OMISSÃO nem DESCONTINUAÇÃO.

Outra indispensável área é a da PARTICIPAÇÃO COMUNITÁRIA.

Onde quer que haja uma agremiação aberta à comunidade, a Maçonaria TEM de estar presente e atuante, como “o pouco de fermento que leveda a massa”, na expressão bonita de São Paulo.

Conselho Comunitário de Segurança; Conselho Comunitário de Saúde; Conselho Tutelar do Menor; Associações Comerciais e Industriais; Rotary e Lions Clube; Sociedades Amigos de Bairro; APM’s; Santas Casas de Misericórdia; entidades associativas e de classes profissionais; programas de parceria com o poder público etc. são alguns exemplos de oportunidades de participação comunitária.

A cada dia cresce o poder de influência dessas corporações junto aos governantes. E é imprescindível que a Ordem aí esteja.

Registra-se hoje, na área de segurança pública, o chamado POLICIAMENTO COMUNITÁRIO, que coloca lado a lado a polícia e a comunidade em uma parceria bem sucedida. É fruto da insistente atuação da população através dos Conselhos Comunitários de Segurança, Núcleos de Ação Local, Associação Comercial e outras entidades. Dando acolhida e consecução a essa iniciativa, a Policia Militar do Estado de São Paulo criou e implementou um DEPARTAMENTO DE POLÍCIA COMUNITÁRIA na corporação.

Por fim, cabe enfocar a PARTICIPAÇÃO COOPERATIVA.

Não é difícil perceber que na base dos problemas apontados predomina o caos social, efeito de um amplo universo de causas, como:

Desestruturação familiar; desemprego galopante (cerca de dois milhões de desempregados na região metropolitana de São Paulo!); despreparo profissional; escassez de vagas escolares; alto índice de evasão e repetência nas escolas; crescente número de menores em situação de abandono (dados recentes do IBGE registram 32 milhões nesta situação no país!); incapacidade do poder público para cumprir sua função social nos campos da saúde, educação, transportes, habitação, previdência social e segurança (Na área prisional, por exemplo, vive-se o paradoxo de 175.000 vagas comportando cerca de 240.000 presos — o que torna cada cadeia um barril de pólvora, prestes a explodir! Acresça-se a este número cerca de 300.000 mandados de prisão por cumprir e algo em torno de 400.000 processos penais em andamento, de que resultarão, obrigatoriamente, novas ordens de prisão...). E aqui ocorre um sério paradoxo: se todos os mandados forem cumpridos, onde colocar os presos? Se, por outro lado, não forem cumpridos, toda a máquina da Justiça está brincando de “faz de conta”...

COMO AGIR COOPERATIVAMENTE

Contemplando essa dramática realidade, é inaceitável que não façamos algo. Já!

É tão grande e diversificada a necessidade, que qualquer coisa — por pequena que possa parecer — representará sensível ajuda para melhorar — ou pelo menos “despiorar” a crítica situação nacional.

Nesse sentido, seria desejável e oportuno que cada Loja se convertesse em um NÚCLEO DE AÇÃO SOCIAL, cumprindo uma ou mais funções de amparo, orientação e ajuda em relação à sua comunidade.

À guisa de sugestão, podemos enlistar:

Programas de alfabetização de adultos. Cursos de orientação profissional.Programas de orientação vocacional para jovens. Cursos de iniciação profissional: office-boys; auxiliares de escritório; auxiliares gerais; rotinas de empresa etc. Cursos de primeiros socorros. Cursos breves de iniciação a marcenaria, carpintaria, mecânica etc. Programas orientacionais de saúde, higiene pessoal, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis; prevenção de drogas; recuperação de drogados e alcoólatras etc.

Programas de apoio a creches, asilos, orfanatos e educandários. Programas motivacionais para escolares com premiação por trabalhos, concursos e jornadas estudantis. Programa de motivação cívica. Instituição de programas de amparo ao menor, como o CAMP — Círculo de Amigos do Menor Patrulheiro e assemelhados. Programas de parceria com o poder público para suprir deficiências educacionais, familiares etc.

Se outra coisa não puder ser feita, basta que cada Oficina abra em seu espaço um CURSO DE ALFABETIZAÇÃO DE ADULTOS, o que será suficiente para melhorar a qualidade de vida de muitos brasileiros. Poderão implementar também CURSINHOS PRÉ-VESTIBULARES, assim como CURSOS SUPLETIVOS, a custo zero ou reduzido, para jovens de baixa renda. Não faltarão Irmãos aposentados ou com tempo disponível para isso. Se não, basta pedir “a ajuda dos universitários”... Nossos jovens estão ávidos por fazer alguma coisa útil e em seus corações vibra ainda o ideal, que já não vive em muitos dos idosos...

Também na Ordem devem se constituir CONSELHOS, reunindo irmãos de acordo com sua atividade profissional, formação, experiência ou conhecimentos, de modo a se ter “as pessoas certas nos lugares certos”.

Entre outros, um CONSELHO DE ASSUNTOS JUDICIAIS (OU JURÍDICOS) poderia ter a seu cargo todo o acompanhamento da situação dos presídios, reexaminando processos, recorrendo nos casos cabíveis, analisando fichas prisionais (há inúmeros casos de pessoas que já cumpriram suas penas e permanecem presas) e trabalhando pela ressocialização dos presidiários — objetivo final raramente obtido pelo sistema.

O momento atual, porém, apresenta um problema, um desafio, ainda mais grave e premente, no qual já se acha atuando a Ordem Maçônica.

Trata-se do avanço crescente e incontido das DROGAS!

Já não mais no meio dos jovens, mas no seio da INFÂNCIA, vitimando, em pleno início de vida, as crianças da Escola Primária - outrora “risonha e franca!”

A sociedade, em sua paquidérmica acomodação, reclama, protesta, vocifera, mas NADA FAZ, atribuindo toda responsabilidade de ação ao Governo.
Este, por sua vez, tem se mostrado insensível, indiferente, ineficaz e incompetente em relação a algo que, embora tão sério, não lhe dá dividendos políticos.

Paralelamente a esse problema corre outro que a ele se liga e o alimenta: A INFLUÊNCIA PERNICIOSA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO! Ninguém de bom senso duvida de que a TELEVISÃO, por excelência, é um instrumento diabólico de estímulo aos vícios, à violência, aos desregramentos sociais, à permissividade sexual e aos crimes em geral.

Filmes, novelas, noticiários, programas de entretenimento é até desenhos animados — outrora inocentes — hoje são verdadeiras aulas ilustradas de tudo o que não presta!

Basta citar exemplo: no dia 4 de fevereiro de 2000, em Brasília — após assistir ao filme “Brinquedo Assassino 2” — um garoto de apenas 9 anos agrediu uma menina de 7, com mais de vinte golpes de faca!

Toda a sociedade sabe, sem sombra de dúvida, do desastre moral que a televisão representa para nossas crianças.Entretanto, nenhuma ação para impedir isso surge das pessoas ou do governo!

A esperança de solução, portanto, não está no “Poder” Público — impotente e desinteressado. Nem na sociedade ampla — inerme, inerte e aturdida — mas nos GRUPOS SOCIAIS ORGANIZADOS, que são estruturados, conscientes, lúcidos e ativos.

E é nesse universo de lucidez altruística e realizadora que desponta a Maçonaria como instituição séria e respeitada, que sempre teve, tem e terá profundos e nítidos compromissos com o bem-estar da Humanidade. Assim como proclama sua autodefinição: “sociedade filosófica, filantrópica e progressista!”.

CONCLUSÃO

Retomo aqui o texto do ensaio para concluir o tema.

LIBERDADE, IGUALDADE, FRATERNIDADE não é, de forma alguma, uma trinômia de elementos independentes. Ao revés, é um todo uno e indivisível.
E assim como o tripé não se sustém sem a ação conjunta dos três esteios, a Sublime Instituição não poderá cumprir plenamente seu desiderato de construção do edifício moral da sociedade sem o acoplamento de seu terceiro elemento.

Em um Brasil em luta e transição, em um Brasil envolto em dívidas e dúvidas, o prosseguimento da luta firme, serena e fraterna da Maçonaria é absolutamente indispensável.

Não pela LIBERDADE.

Nem pela IGUALDADE.

Mas pela FRATERNIDADE, que as unifica, completa e viabiliza, confirmando as meigas palavras de David, o Rei-Poeta:

“O QUÃO BOM E QUÃO SUAVE É QUE OS IRMÃOS VIVAM EM UNIÃO... PORQUE ALI O SENHOR ORDENA BÊNÇAO E A VIDA PARA SEMPRE. ”



JOÃO BAPTISTA DE OLIVEIRA, Grau 33.:, é Obreiro ativo das AA.:RR.:LL.:SS.: Carlos Gomes e Madras, e Past-Master da Loja Antonio Simões Ladeira. Foi Grande Secretário de Orientação Ritualística, Presidente da Comissão Pró-Civismo e membro do Ilustre Conselho Estadual do Gr.: Or.: São Paulo. Na vida profana, é Conselheiro Seccional e Presidente da Comissão de Relações Corporativas e Institucionais e membro da Comissão de Inscrição da OAB São Paulo; Membro-fundador do INQJ – Instituto Nacional da Qualidade Judiciária; foi Presidente do Conselho Comunitário de Segurança do Centro de São Paulo; foi Presidente da Comissão Coordenadora do Programa Centro Seguro; Membro da Ação Local Paissandu; Conselheiro da Associação Comercial de São Paulo—Distrital Centro; Conselheiro Consultivo da AMITUR – Associação dos Municípios de Interesse Turístico do Estado de São Paulo; Diretor Cultural da Sociedade Amigos da Segunda Divisão de Exército - SASDE; Conferencista da ADESG e Sócio-Fundador e Vice-Presidente do Rotary Clube de São Paulo—Sé; Membro da Academia Cristã de Letras; da Academia Paulistana Maçônica de Letras e da Academia Maçônica Internacional de Letras. Membro do Instituto Histórico de Geográfico de São Paulo.

Na atividade profissional é Consultor Empresarial e Educacional, Professor de Comunicação, Marketing e Vendas, e Conferencista. Autor dos livros “FALAR BEM É BEM FÁCIL”, “COMO PROMOVER EVENTOS — CERIMONIAL E PROTOCOLO NA PRÁTICA”, “MENSAGENS E TEMAS PARA MEDITAR” e “INSPIRAÇÃO”. Produz e apresenta o Programa “O Poder da Palavra”, pela Rádio Mundial FM, aos domingos às 17h30.

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